O Mundo Como Vontade e Como Representação - Schopenhauer (W I, § 55, p. 349-350).

Embora tudo possa ser visto como irrevogavelmente predeterminado pelo

destino, todavia isto só o é pela cadeia de causas. Por isso, em caso algum

pode ser determinado que um efeito entre em cena sem causa. Assim, o

acontecimento não está predeterminado sem mais nem menos, mas o

acontecimento como resultado de causas prévias: logo, o que é selado pelo

destino não é só o resultado, mas também os meios pelos quais o resultado

está destinado a aparecer. Em consequência, se os meios não entram em

cena, decerto o resultado também não: ambos sempre seguem a

determinação do destino, que todavia só conhecemos depois. 


(SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação, Tomo I, 2ª edição

revisada, tradução de Jair Barboza. São Paulo: UNESP, 2015.)


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

XIII - Eu não consigo parar de morrer