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Mostrando postagens de abril, 2024

Amor é ação

(…) Todo mundo quer saber mais sobre o amor. Queremos saber o que significa amar, o que podemos fazer em nosso dia a dia par amarmos e sermos amados. Queremos saber como seduzir aqueles que continuam fiéis à falta de amor e abrir as portas de seu coração para que deixem o amor entrar. A força de nosso desejo não muda o poder de nossa incerteza cultura. Em todos os lugares aprendemos que o amor é importante, mas somos bombardeados por seu fracasso. No domínio da política, entre religiosos, em nossas famílias e em nossa vida afetiva, vemos poucos indícios de que o amor serve de base para decisões, fortalece nosso entendimento da comunidade ou nos mantém juntos. Essa imagem desoladora não altera, de modo algum, a natureza de nosso desejo. Nós ainda temos esperança de que o amor prevalecerá. Nós ainda acreditamos na promessa do amor. (…) não existem escola para o amor. Todo mundo supõe que saberemos, instintivamente, como amar. Apesar de esmagadoras evidências contrárias, inda aceitamos qu...

Metafísica do amor

[...] Habitualmente vê-se os poetas ocupados em pintar o amor. A pintura do amor é assunto principal de todas as obras dramáticas, trágicas ou cômicas, românticas ou clássicas, tanto nas Índias como na Europa : é igualmente o mais fecundo de todos os assuntos, tanto para a poesia lírica como para a poesia épica, sem falar da grande quantidade de romances que, há séculos, se produzem todos os anos nos países civilizados da Europa (...). Não é, portanto, permitido duvidar da realidade do amor, nem da sua importância. Em vez de causar admiração que um filósofo procure também apoderar-se desse assunto, tema eterno de todos os poetas, deve antes surpreender que uma questão que representa na vida humana um papel tão importante tenha sido, até agora, descurada pelos filósofos, e se encontre diante de nós como uma matéria nova. De todos os filósofos, foi ainda Platão quem mais se ocupou do amor, principalmente no Banquete e no Fedro. O que ele diz sobre o assunto entra no domínio dos mitos, da...

O amor platônico

(…) Por mais de uma década, ao dar aula para alunos do Ensino Médio e Superior, eu costumava fazer duas perguntas para as turmas quando falava de Platão: a) “Quem já ouviu a expressão amor platônico?” b) “Como você define amor platônico?” Sem exceção, todos já tinham ouvido a expressão antes, e a maioria definia como uma relação afetiva idealizada, sem dimensão sexual, em que uma das partes não era correspondida. Mas será que é mesmo essa a correta definição de amor platônico? Vamos retomar a história da expressão e tentar entender por que a ideia do amor idealizado ganhou sentido e ficou tão atrelada a essa expressão. A verdade é que não tem muito a ver com o que dizia Platão . A expressão apareceu pela primeira vez no século XV. Na Atenas antiga, Platão havia feito o primeiro tratado ocidental sobre o amor. Quando a cultura greco-romana foi recuperada na Europa, na época do Renascimento, filósofos europeus passaram a ler e a debater seus escritos. Foi nesse contexto que o itali...

O amor e as metades humanas

[O corpo dos humanos,originalmente, tinha a forma de círculo. Por isso,] eram de uma força e de um vigor incríveis; e tinham uma grande presunção; mas voltaram-se contra os deuses. [...] Zeus, então, e os demais deuses puseram-se a deliberar sobre o que se devia fazer com eles e embaraçavam-se: não podiam nem matá-los [...], pois as honras e os templos que lhes vinham dos humanos desapareceriam, nem permitir-lhes que continuassem na impiedade. Depois de laboriosa reflexão, diz Zeus: "Acho que tenho um meio de fazer com que os humanos possam existir, mas parem com a intemperança, tornados mais fracos. Agora, com efeito, eu cortarei a cada um em dois; e, ao mesmo tempo, eles serão mais fracos e também mais úteis para nós, pelo fato de se terem tornado mais numerosos; e andarão eretos, sobre duas pernas."  [...] Logo que disse isso, Zeus pôs-se a cortar os humanos em dois; [...] e cada um que cortava, mandava Apolo voltar-lhe o rosto e a banda do pescoço para o lado do corte, a ...

O nascimento do amor

Quando nasceu Afrodite, os deuses banqueteavam-se e entre eles se encontravam também o filho da Prudência, chamado Recurso. Depois que acabaram de jantar, a Pobreza veio esmolar no festim e ficou pela porta. Ora, Recurso, embriagado com o néctar – pois ainda não havia vinho – adentrou no jardim de Zeus e, pesado, adormeceu. Pobreza, então, tramando em sua falta de recurso engendrar um filho de Recurso, deita-se ao seu lado e pronto concebe o Amor [Éros]. Eis por que ficou companheiro e servo de Afrodite o Amor gerado em seu natalício, ao mesmo tempo que por natureza amante do belo, porque Afrodite também é bela. Por ser filho de Recurso e Pobreza, foi esta a condição em que o Amor ficou: primeiramente ele é sempre pobre e está longe de ser delicado e belo, como a maioria imagina, mas é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro, deitando-se ao desabrigo, às portas e nos caminhos porque tem a natureza da mãe, sempre convivendo com a precisão; segundo pai, porém, ele é ...

Monte Castelo

Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal Não sente inveja ou se envaidece O amor é o fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria É um não querer mais que bem querer É solitário andar por entre a gente É um não contentar-se de contente É cuidar que se ganha em se perder É um estar-se preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor É um ter com quem nos mata a lealdade Tão contrário a si é o mesmo amor Estou acordado e todos dormem Todos dormem, todos dormem Agora vejo em parte Mas então veremos face a face É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria Composição: Renato Russo

O que realmente significa amar?

  Desde os tempos da Grécia antiga até os dias atuais, o amor é um tema que intriga e fascina a humanidade. Diante de muitas concepções e interpretações que surgiram durante este tempo, uma pergunta fundamental surge: O que realmente significa amar?  Na adolescência, é bastante comum experimentarmos situações nas quais temos sentimentos por uma pessoa, mas não somos correspondidos. Há até casos em que o amor é mantido em segredo por longo tempo, sem que a outra pessoa desconfie que é objeto de tal sentimento. Diz-se desse tipo de sentimento que seria um “amor platônico”. Quais seriam as consequências de manter esse “segredo” em suas vidas? Um amor não correspondido, ainda é amor? E, afinal, o que Platão teria a ver com isso?  Desde cedo somos ensinados que o amor é algo que sempre devemos buscar, por ser bom e essencial em nossas vidas. No entanto, na maioria das vezes, ao olhar ao redor e para as relações “amorosas” que deveriam ser nossos exemplos, percebemos que há mui...

2° Encontro com o tema sobre o Amor

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  Este é um convite para o 2° encontro do projeto.